sábado, 9 de abril de 2011

Sentimentos Alheios


"Somos os únicos responsáveis pelos nossos sentimentos". Isso é fato!

Creio que os sentimentos podem ser sustentados por mecanismos alheios à vontade ou intenção, porém, os nossos, responsabilidade nossa, o resto não passa de puro automatismo e complexos gerados por nós mesmos. Escolhemos.

O ser humano tente a pender em um primeiro momento de que a razão esta sempre consigo e que o próximo é responsável por seus devaneios.

Seria mesmo o próximo responsável por nossos erros, ilusões, temperamento, experiências e afins?

Tudo bem, analisando e partindo do prisma em que “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, (frase mundialmente conhecida de Exupéry em seu clássico “O Pequeno Príncipe”).
Não consigo concordar com ele (Exupéry), e quem acredita nessa como lema, pode transformar a própria vida (e provavelmente a dos outros) em um inferno.

A vida é cíclica, além disso, cada um terá sua própria experiência, aprendizado e desenvolverá uma capacidade única de raciocínio de acordo com sua evolução.
Ora, pois! Fácil então acusar levianamente o próximo de sentimentos ilusórios, momentâneos onde nos safamos de realmente assumir que nossos medos, arrogância e porque não também nossa imaturidade se manifesta.

PARCIALMENTE sim, podemos até ser responsável pelo o que provocamos nos outros, ou reagir a uma provocação e provavelmente estes também poderão ter seu reflexo em nós.
Digo, se despertamos amor, a compaixão, ódio, sentimento de vingança, raiva, carinho ou inveja nas pessoas, mesmo não sendo completamente responsável por isso e até mesmo inconsciente, tudo isso poderá nos afetar de alguma forma.

AFETAR e não tornar nossa responsabilidade.
Possuímos escolhas, [eu pelo menos opto em aceitar que as pessoas são como são de acordo com seu grau de evolução e a opinião delas é a realidade delas, apenas um conceito delas, não a minha realidade, portanto, mesmo quando tecem um conceito errôneo a meu respeito eu observo curiosa (às vezes a insanidade se manifesta), porque sei quem realmente sou e o que se passa em minha vida. Não posso ser como as pessoas gostariam e muito menos optar pelo caminho que elas julgam ser o melhor para mim. Preciso também galgar minha trilha e aprender por eu mesma].
Fica um gancho, muitas vezes não aproveitado, de analisar, de nos julgar e aceitar nossos erros, medos, etc. Deixamos assim de refletir e talvez ate deixamos uma valiosa oportunidade passar, a de subir mais um degrau em nossa evolução, preferindo apenas ‘vestir nosso “tapa”, pois muito mais simples e confortável responsabilizar o próximo por nossas insatisfações do que procurar a fonte de tudo isso. É bem mais fácil realmente ser os outros os errados, e não nós.

A pouca reflexão em nossa vivência, em nossas atitudes e em nossas escolhas, torna pouco provável a renovação de nossas crenças, a superação de nossos próprios medos, nos tornando assim incapazes de superar certos preconceitos galgados através de nossa caminhada, desenvolvendo a partir de nosso próprio sistema de idéias desenvolvidas com base até mesmo na opinião alheia o caos perante situações onde é preciso a calma e diplomacia.

Por muitas vezes, guiados por algum impulso incontrolável ou por alguma forte emoção (vaidade, ambição, medo, orgulho, covardia), tomamos atitudes de que, depois, pesarão em nossa consciência fazendo com que nós nos envergonhemos de palavras proferidas, gestos, atitudes, manifestando assim o remorso, culpa, desejando que o tempo retrocedesse. Podemos sim agir de modo diferente. Sei que esses sentimentos por muitas vezes exprimem nosso senso moral, porém não nos comanda, quem nos comanda é a nossa capacidade de raciocínio e controle de nossas idéias, experiências e reflexões. Medite sempre que passar por uma situação dessas! Não devemos punir as pessoas sempre sem passar por uma auto-analise.

Declarações de culpa ao próximo, torna o caminho mais leve, menos propenso a recaídas e erros. Confortável, não?
A ação errônea pode também refletir na reação alheia
Temos por obrigação ter rédeas sobre si mesmo e poder gerir nossa vida pessoal, é importante que estejamos cientes da responsabilidade de nossas escolhas, e também de nossos atos, para que possamos sempre avançar em paz.
Amor-próprio e amor ao próximo é aprendizado e busca constante e uma busca bastante difícil, cercada de pedras e caminhos tortos. Certo também que não temos que acertar sempre, pois estamos aqui para aprender, evoluir e crescer.
Mas o importante é refletirmos e buscarmos dentro de nós mesmos antes de acusar o próximo por sua infelicidade. Busquemos por nosso equilíbrio.
Evoluir é um ato de amor para conosco. 

Coloquemos em prática o máximo possível. Antes de acusar o próximo por suas desventuras, suas frustrações, suas ilusões, medite no ponto em que VOCÊ mesmo se perdeu. Acusar é fácil e confortável, nobre é enxergar que não somos perfeitos. Perdoe e se perdoe, você será muito mais feliz. E lembre-se que as pessoas não são obrigadas a agira da forma que gostaríamos que elas agissem muito menos de seguir o que cremos ser certo ou errado, cada um tem seu próprio pensamento e sua capacidade de escolha, tudo isso dentro de sua vivencia.

O resto é felicidade!

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