sexta-feira, 5 de agosto de 2016

EGO

Eu sei que deveria estar no 15º sono já, mas não consigo dormir. Aliás, tem dias que sigo insone.

Essas semanas estão bem cheias...

Estudos, a mudança de vida, o corre corre em vários setores, tudo ao mesmo tempo agora...
Mas a questão aqui não é essa. Eu quero escrever sobre outro assunto: O EGO.

Apesar de toda a agitação de minha vida, parei para refletir em algo há alguns meses.

Passamos dias, meses, até mesmo anos em companhia de pessoas que criamos vínculos, amizade e intimidade. Completamente normal, somos humanos e necessitamos de companhia.
O que pode ocorrer é, e se por ventura, venhamos a romper esse laço?

Eu me arriscaria e dizer que estamos fadados a sermos ingratos.

Ao rompermos esses laços, temos a tendencia de esquecer os bons momentos, as boas ações mútuas dessa convivência. Ao rompermos, negligenciamos toda a ajuda recebida, todo carinho que um dia existiu e até mesmo toda oração dada e recebida.

E por que nos comportamos assim?

Isso me intrigou.
Peguei-me em uma situação parecida ha alguns meses.

Por muito tempo, uma serie de fatores me convenceram que algo estava errado ao meu redor, até que houve uma situação e tudo transbordou.
Aconteceu comigo, acontece com o vizinho, com o porteiro, um parente, enfim, acontece com todos!

De acordo com nossa maturidade no momento, reagimos de maneiras diversas, mas é fato, que sempre que o calor da situação nos pega de surpresa, deixamos o Ego falar mais alto.

Todos nós sabemos que o Ego nada mais é do que a manifestação de nossos impulsos inconscientes, aqueles primitivos do nosso "eu" mais profundo, sem nenhuma polidez, e que pode ser também um dos mais elaborados mecanismos de defesa de nós mesmos.

Mas até que ponto esse mecanismo de defesa se encontra em um nível de ética aceitável?

Aí é que está!
Eis a grande parte de minha reflexão.

Nem sempre o Ego caminha de mãos dadas com a ética.

Costumamos nos elevar, nos exaltar a um ponto (dentro de nossas defesas), que acabamos por ignorar todo o nosso conceito de princípios e regras morais.
E isso não é questão de índole ou caráter, par amim, no meu conceito, auto defesa.

Mas...
Qual é o ponto que divide essa linha?
Aí é que está a temática de meu raciocínio!

OK!  Vamos partir da seguinte ramificação, da que, reagimos de acordo com nossa maturidade no momento.

Mas... Por que não somos capazes de sopesar no ápice, todo o vivido até o momento e se desvencilhar do convivente sem gerar tanta agitação ao nosso redor? Por que não conseguimos nos recolher sem exibir nossa ira, nossa revolta, sem querer aprovações ou até mesmo, por que não conseguimos nos despir de tanta vaidade ao nos sentirmos, de certa forma, passados para trás, traídos ou enganados?

Não somos pessoas perfeitas! Erramos e erramos muito ao longo de nosso caminho! Então, por que nos damos ao direito de julgar as outras pessoas de acordo com nossos achismos absurdo,s baseados em algo que não deu certo?

Muitos desses meus pensamentos não são decorrentes de algo vivido por mim, não necessariamente, mas faz parte de minha reflexão.

Então...
Até que ponto há alguma batalha sendo travada para que haja algum vencedor?
Por que o Ego se manifesta, na maioria das ocasiões de uma forma negativa?
Seria o Ego algo negativo, ou um monstro que todos temos e não conseguimos doutrinar e que se liberta em algumas ocasiões?

Percebo aqui, que tenho muito o que aprender e muito a refletir ainda, mas estou me esforçando.

"Quanto maior o conhecimento, menor o ego, quanto maior o ego, menor o conhecimento."  AlbertEinstein

Hoje foi um dia daqueles e particularmente, estou com a mente exausta, porém, feliz!