terça-feira, 27 de agosto de 2024

O Egoísmo e a Negligência nas Relações





 

Essa é uma reflexão sobre a culpa e a responsabilidade. Em relações interpessoais, a responsabilidade de manter um vínculo saudável e equilibrado deve ser compartilhado entre as partes envolvidas. Quando esse relacionamento se desequilibra e uma das partes se sente constantemente negligenciada, ignorada ou desvalorizada, o deterioramento é certo, levando ao afastamento e ao término.

Esse texto proposto, reflete uma situação em que uma pessoa, após avisos e tentativas repetidas de manter uma comunicação que alimente o relacionamento corretamente, sem sucesso, decide partir. Essa decisão não deve ser mantida como egoísmo, mas sim como um ato de preservação pessoal diante da falta de reciprocidade e cuidado. E isso independe do sentimento, mesmo amando, amar a si memo em primeiro lugar, é primordial.

Fácil é culpar o outro pelo término de uma relação sem reconhecer a própria contribuição. A pessoa que escolhe ir embora na maioria das vezes pode a ser julgada como impulsiva ou insensível. No entanto, essa escolha geralmente é o resultado de um longo processo de dor, frustação e tentativa de reparação, onde um lado tenta expressar o que lhe machuca, e não encontra a compreensão do outro. Baseado nesse contexto, o verdadeiro egoísmo reside na falta de consideração e na incapacidade de mudar comportamentos prejudiciais, mesmo quando são claramente apontados.

Quando uma pessoa ignora os pedidos de atenção e mudança do parceiro, a negligência se faz presente. Essa negligência pode ser vista como uma maneira de egoísmo passivo, onde a falta de ação ou a recusa em se comprometer com o bem-estar do outro, acaba minando a relação. Desta forma, a responsabilidade pelo fracasso do relacionamento não deve ser atribuída apenas a quem decide ir embora, mas também, é talvez principalmente, a quem não valorizou o suficiente os avisos e tentativas de reparação.

É fundamental compreender que cada indivíduo tem seus limites emocionais. Quando esses limites são repetidamente ultrapassados sem a devida consideração, a única saída possível pode ser o afastamento. E observando bem, a decisão de partir é reconhecida como autoconhecimento e autopreservação, já que permanecer em uma relação onde não há reciprocidade emocional pode ser extremamente desgastante e prejudicial para a saúde emocional e mental. E cá entre nós, chega uma idade, um momento da vida que já sabemos como um relacionamento sem reciprocidade de responsabilidade afetiva acaba.

Portanto, a pessoa que decide ir embora depois de inúmeras tentativas de conserto, está exercendo seu direito de buscar um ambiente emocionalmente seguro, em primeiro lugar, e saudável. Já a negligência do outro, pode ser considerada de diversas formas, até mesmo a falta de interesse. Assim, é imperativo que o diálogo, a empatia e a capacidade de mudança nas relações, evitem que a falta de cuidado e a negligência destruam o que poderia ser uma conexão forte, valiosa e verdadeira.


Fatos....

Beijos de luz <3

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