O Egoísmo e a Negligência nas Relações
Essa é uma reflexão sobre a culpa e a responsabilidade. Em
relações interpessoais, a responsabilidade de manter um vínculo saudável e equilibrado
deve ser compartilhado entre as partes envolvidas. Quando esse relacionamento
se desequilibra e uma das partes se sente constantemente negligenciada,
ignorada ou desvalorizada, o deterioramento é certo, levando ao afastamento e
ao término.
Esse texto proposto, reflete uma situação em que uma pessoa,
após avisos e tentativas repetidas de manter uma comunicação que alimente o relacionamento corretamente, sem sucesso, decide partir. Essa decisão não deve ser mantida como egoísmo, mas
sim como um ato de preservação pessoal diante da falta de reciprocidade e
cuidado. E isso independe do sentimento, mesmo amando, amar a si memo em
primeiro lugar, é primordial.
Fácil é culpar o outro pelo término de uma relação sem
reconhecer a própria contribuição. A pessoa que escolhe ir embora na maioria
das vezes pode a ser julgada como impulsiva ou insensível. No entanto, essa
escolha geralmente é o resultado de um longo processo de dor, frustação e
tentativa de reparação, onde um lado tenta expressar o que lhe machuca, e não
encontra a compreensão do outro. Baseado nesse contexto, o verdadeiro egoísmo
reside na falta de consideração e na incapacidade de mudar comportamentos
prejudiciais, mesmo quando são claramente apontados.
Quando uma pessoa ignora os pedidos de atenção e mudança do
parceiro, a negligência se faz presente. Essa negligência pode ser vista como
uma maneira de egoísmo passivo, onde a falta de ação ou a recusa em se
comprometer com o bem-estar do outro, acaba minando a relação. Desta forma, a
responsabilidade pelo fracasso do relacionamento não deve ser atribuída apenas
a quem decide ir embora, mas também, é talvez principalmente, a quem não
valorizou o suficiente os avisos e tentativas de reparação.
É fundamental compreender que cada indivíduo tem seus
limites emocionais. Quando esses limites são repetidamente ultrapassados sem a
devida consideração, a única saída possível pode ser o afastamento. E
observando bem, a decisão de partir é reconhecida como autoconhecimento e autopreservação,
já que permanecer em uma relação onde não há reciprocidade emocional pode ser
extremamente desgastante e prejudicial para a saúde emocional e mental. E cá
entre nós, chega uma idade, um momento da vida que já sabemos como um
relacionamento sem reciprocidade de responsabilidade afetiva acaba.
Portanto, a pessoa que decide ir embora depois de inúmeras
tentativas de conserto, está exercendo seu direito de buscar um ambiente
emocionalmente seguro, em primeiro lugar, e saudável. Já a negligência do
outro, pode ser considerada de diversas formas, até
mesmo a falta de interesse. Assim, é imperativo que o diálogo, a empatia e a capacidade
de mudança nas relações, evitem que a falta de cuidado e a negligência destruam
o que poderia ser uma conexão forte, valiosa e verdadeira.
Fatos....
Beijos de luz <3
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