Até quando podemos nos esconder do amor?
Quando somos feridos por um relacionamento, o instinto
imediato é de nos proteger, nos isolando em uma espécie de concha que parece
segura. Criamos barreiras, construímos muralhas ao redor do coração e tentamos
nos convencer de que a solitude é a resposta. Mas será que realmente é?
O medo do que não deu certo no passado pode nos paralisar,
nos levando a acreditar que o isolamento é a melhor escolha. Nos apegamos à dor
e a transformamos em um escudo contra futuras decepções. No entanto, com esse
comportamento, acabamos vivendo uma falsa sensação de segurança, impedindo o outro
de tocar nossos sentimentos e não permitimos que ninguém nos ame de verdade.
Sabotamos os possíveis relacionamentos.
Mas e se os desafios que enfrentamos, tanto dentro quanto
fora dos relacionamentos, fossem oportunidades de crescimento? Talvez, as
experiências negativas não existam, ou não sejam para nos machucar, mas para
nos ensinar, nos ajudar a evoluir, e a fazer escolhas mais conscientes. Ainda
assim, por que insistimos em segurar a dor, em manter a desconfiança de que
tudo pode dar errado novamente? Será que é porque a lição não foi totalmente
compreendida?
É natural questionar, percebo como o caminho da compreensão.
Eu mesma, que por tantas vezes, acreditei estar bem, me vi confrontada pelos
meus medos e inseguranças agora que me apaixonei novamente. A realidade é que a
luta não está no relacionamento em si, mas, principalmente, na batalha interna
contra nossos próprios pensamentos e temores. Cada dia, um desafio diferente,
onde pequenos gatilhos despertam lembranças e ansiedades. A mente, essa
ferramenta poderosa, nossa melhor aliada, pode se facilmente fazer o papel de nossa
pior inimiga.
Fato é que não podemos mudar o que não está a nosso alcance,
chega um momento que é preciso confiar e fazer nossa parte. Tem coisas que
independem de nós. Por muitas vezes, pensar demais desgasta, nos impede de
viver o presente e de enxergar as novas oportunidades que estão à nossa frente.
É um processo, uma jornada em que, aos poucos, podemos sim aprender a confiar
novamente, a baixar a guarda e a nos permitir amar e sermos amados.
O caminho é árduo, não é fácil, mas desafiador, e as respostas
nem sempre são claras. Contudo, eu creio que a cura se inicia quando aceitamos
primeiramente que o passado não define o futuro e que cada dia é uma nova
chance de reescrever nossa história.
Ame sim, ame sempre! Ame sempre!
<3
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