sexta-feira, 23 de agosto de 2024

   Até quando podemos nos esconder do amor?



 

Quando somos feridos por um relacionamento, o instinto imediato é de nos proteger, nos isolando em uma espécie de concha que parece segura. Criamos barreiras, construímos muralhas ao redor do coração e tentamos nos convencer de que a solitude é a resposta. Mas será que realmente é?

O medo do que não deu certo no passado pode nos paralisar, nos levando a acreditar que o isolamento é a melhor escolha. Nos apegamos à dor e a transformamos em um escudo contra futuras decepções. No entanto, com esse comportamento, acabamos vivendo uma falsa sensação de segurança, impedindo o outro de tocar nossos sentimentos e não permitimos que ninguém nos ame de verdade. Sabotamos os possíveis relacionamentos.

Mas e se os desafios que enfrentamos, tanto dentro quanto fora dos relacionamentos, fossem oportunidades de crescimento? Talvez, as experiências negativas não existam, ou não sejam para nos machucar, mas para nos ensinar, nos ajudar a evoluir, e a fazer escolhas mais conscientes. Ainda assim, por que insistimos em segurar a dor, em manter a desconfiança de que tudo pode dar errado novamente? Será que é porque a lição não foi totalmente compreendida?

É natural questionar, percebo como o caminho da compreensão. Eu mesma, que por tantas vezes, acreditei estar bem, me vi confrontada pelos meus medos e inseguranças agora que me apaixonei novamente. A realidade é que a luta não está no relacionamento em si, mas, principalmente, na batalha interna contra nossos próprios pensamentos e temores. Cada dia, um desafio diferente, onde pequenos gatilhos despertam lembranças e ansiedades. A mente, essa ferramenta poderosa, nossa melhor aliada, pode se facilmente fazer o papel de nossa pior inimiga.

Fato é que não podemos mudar o que não está a nosso alcance, chega um momento que é preciso confiar e fazer nossa parte. Tem coisas que independem de nós. Por muitas vezes, pensar demais desgasta, nos impede de viver o presente e de enxergar as novas oportunidades que estão à nossa frente. É um processo, uma jornada em que, aos poucos, podemos sim aprender a confiar novamente, a baixar a guarda e a nos permitir amar e sermos amados.

O caminho é árduo, não é fácil, mas desafiador, e as respostas nem sempre são claras. Contudo, eu creio que a cura se inicia quando aceitamos primeiramente que o passado não define o futuro e que cada dia é uma nova chance de reescrever nossa história.


Ame sim, ame sempre! Ame sempre!

<3

 

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