Disponível ou Indisponível?

 

Já reparou que muitas pessoas entram em relacionamentos sem estarem totalmente disponíveis? 

Muitas pessoas iniciam novos relacionamentos sem estarem realmente prontas ou disponíveis. Isso pelo fato de ainda carregarem feridas não cicatrizadas de relações passadas ou mantendo ligação emocional com um ex-parceiro, trazendo uma série de complicações tanto para quem está disponível, quanto para quem não está. Sem contar que para quem tem sensibilidade, a intuição grita, pois a energia nunca mente.

Quando falo em pessoas emocionalmente indisponíveis, estou enfatizando as que, por algum motivo, não estão preparadas para se abrirem emocionalmente e investirem de verdade em um novo relacionamento. Isso pode acontecer por vários motivos: Um coração partido recentemente - essas pessoas costumam emendar um relacionamento no outro, uma ligação mal resolvida com o ex - a pessoa rompe, mas continua agindo como se ainda estivessem juntos para a família, acaba dormindo vez ou outra na casa do ex etc., medo de se machucar - as famosas barreiras emocionais, o que resulta no não envolvimento emocional profundo, enfim.

Para quem está disponível, pode ser tomado como emocionado - a palavra da modinha -, por se entregar e apreciar a pessoa acreditando no relacionamento. Afinal, envolver-se com alguém, pelo menos para mim, significa estar presente, apresentando seu lado luz, seu lado sombra, suas percepções, seus medos e fragilidades. Sem máscaras.

Uma pessoa indisponível, vai acabar machucando quem se entrega, já que se mostra quase sempre indisponível, evita conversas mais profundas e não se compromete com o futuro da relação. Desta forma, quem não se entrega, pode se sentir pressionado ou culpado por não conseguir retribuir o afeto, enquanto a pessoa que deseja essa conexão pode se sentir ignorado, rejeitado ou não valorizado.

Quando se entra em uma relação sem resolver questões passadas, a repetição de padrões destrutivos ou a comparação com o antigo parceiro se fazem presentes. Isso impede que o novo relacionamento floresça de forma saudável. E você pode acabar perdendo a pessoa da sua vida, portanto, organize a sua cabeça!

Mas o que leva uma pessoa indisponível emocionalmente a entrar em um relacionamento?

A mais comum, é a carência. A carência faz com que a pessoa busque suprir o vazio deixado pelo término anterior. Algumas também tem medo da solidão, ainda não aprendeu nada sobre a solitude. Mas a pior para mim, são as que idealizam o novo acreditando que a nova pessoa possa apagar as mágoas do passado servindo de cura, o que só posterga o processo necessário de autoconhecimento e recuperação emocional.

Se você acabou se envolvendo com alguém emocionalmente indisponível, certamente já reparou que ela mantém um distanciamento emocional e tem total falta de interesse em construir intimidade. E se você tenta ter conversas profundas e não obtém nenhum resultado, o melhor a fazer, mesmo que doa, é se distanciar.

A cura emocional é um processo, sendo imprescindível ceder um tempo para si antes de tentar um novo relacionamento. Estar disponível emocionalmente antes de se envolver com alguém, é sinônimo de caráter e equilíbrio. E eu admiro isso.

 

 

Relacionamentos saudáveis começam com pessoas que se conhecem e se amam, prontas para se conectar sem as bagagens do passado.

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Entre Gripe e Novelas

Tempos sem postar. Nenhuma palavra compartilhada. Foram três livros, uma semana de atestado médico, muitos capítulos da novela “A Viagem”, e, com a inusitada companhia de uma gripe espanhola, a influenza. Por não me submeter à vacina, fui abatida com intensidade, mais ainda do que a Covid. Foi a primeira vez em duas décadas que tive febre, e foi aí que entendi que algo não estava certo. Outro sinal, foi o ponto do meu pulmão ter doido bastante e sangrado 12 horas antes da manifestação da doença, durante uma sessão de acupuntura.

Meu querido médico, Dr. Frederico Capanelli, pediu um raio-x do pulmão e indicou que havia algo errado, mas nem deu tempo. Na manhã seguinte sucumbi, e fui parar no hospital. Mas como nada dura para sempre, estou recuperada, embora tenha sido um processo bastante penoso. Dormi mais do que a minha própria cama e fiquei com uma tosse de cachorro por duas semanas.

Indicada por uma amiga, comecei a assistir a novela “A Viagem”. Confesso que nunca fui adepta a assistir novelas; aliás, sempre afirmei que todas são iguais – amor, traições, invejas; em suma, novela. Contudo, essa em particular possui uma conotação bastante fascinante, a espiritualidade e os eventos que ocorrem no invisível. E a trilha sonora?

Ah, a trilha sonora nacional é um verdadeiro espetáculo à parte, com músicas que tocam a alma e despertam em mim a saudade de alguém que, na verdade jamais conheci. Sensação essa que me acompanha desde sempre, como se fossem reminiscências de um amor de outras vidas.

 

Enfim, meu lado romântico, lúdico e sonhador.

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